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25 de Abril de 2024
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    Empresário questiona a burocracia no serviço público

    O presidente da ASEOPP disse que em sua empresa particular uma das prioridades está no cumprimento do prazo. “Obra cara é obra mal feita! Obra cara é obra mal feita, que não tem prazo para terminar. Tem municípios com obras escolas paralisadas por R$ 10 ou R$ 20 mil. Quer dizer: paga-se aluguel, gasta-se muito mais com transporte escolar, e a obra de uma escola parada? Por causa desse valor? Esse é um tema que precisa ser amplamente debatido. Para realizar a obra é preciso que se tenha o recurso garantido no orçamento”.

    Em seguida, Luciano Barreto voltou a destacar que a ASEOPP tem o apoio do secretário Valmor Barbosa no sentido que as obras públicas passem a ter data de início e de término, como já ocorre no setor privado. “Tem que ter o pagamento em dia e rapidez em execução. Já fizemos dois seminários em Sergipe. Participei de um amplo debate em Goiânia (GO) sobre isso e de outro em Brasília, em um encontro da Polícia Federal. Nossa Associação foi citada como referência. O grande problema está na burocracia”.

    O empresário disse que quando há um interesse, se consegue dinheiro. “Falta dinheiro para tudo, mas por causa das obras da Copa do Mundo, o Maracanã que custava R$ 700 milhões, já chega próximo de R$ 1,4 bilhão. Isso porque tinha que ficar pronto logo para a Copa das Confederações. As empresas da construção civil de Sergipe, do segmento de obras públicas, atravessam grandes dificuldades. Faltam obras e as que surgem são com preços inexeqüíveis. A BR-101 Norte está há 15 anos para ser duplicada em menos de 100 km”.

    “Eu me recordo da década de 60 quando o governo construiu a Rio-Bahia, com 1,6 mil km, em menos de dois anos. Na época da ditadura, quase 200 mil km de estradas foram construídos. Nós estamos apanhando! A transposição de partes das águas do Rio São Francisco para o Nordeste Setentrional, que era para ser concluída em 2012, tem como previsão mais otimista ser concluída em 2016, apenas a primeira etapa. A previsão era de uma obra por R$ 4 bilhões; já chegamos ao dobro disso e há quem diga que a obra ainda vai render mais 10 anos. Imagine o valor final!”.

    Aditivos - Luciano Barreto também comentou sobre aditivos contratuais em obras públicas. “Aditivo contratual não é aumento de preço, aditivo é aumento de custo. Isso só acontece quando o contratante solicita a realização de mais um serviço além daquilo que ele o havia contratado. Por melhor que seja o projeto, na execução de uma obra existem interferências que precisam ser resolvidas”, disse, vendo com naturalidade os aditivos em obras públicas.

    Lucro - Luciano Nascimento encerrou dizendo que sem lucro uma empresa não cresce e determinadas obras não são feitas. “Tem uma obra do Trem Bala no País que até ela ser iniciada já gastaram R$ 1 bilhão em estudos e, mesmo assim, através de uma Parceria Público Privada (PPP). Algumas empresas não demonstram interesse porque os preços são incompatíveis com o mercado internacional. O governo de Sergipe tem que aplicar os recursos que foram conseguidos e buscar mais. Tem o PAC da Mobilidade, tem o PAC 3. Os políticos precisam cobrar que os recursos de Xingó sejam executados pelo Estado de Sergipe”.

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