Deputado diz que não venderá ilusões a ex-bancários que aderiram ao PDV

O deputado estadual Francisco Gualberto (PT), líder da bancada de governo na Assembleia Legislativa, reafirmou nesta quinta-feira (29) sua posição diante do pleito de ex-funcionários do Banese que tentam retornar ao emprego após terem aderido ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) há cerca de 15 anos.

"Eu assumo minhas posições. Quando fui procurado por uma comissão de ex-baneseanos, disse que não abraçava esta questão porque tenho certeza da complexidade que existe. Não vendo ilusão a trabalhador desempregado e nem faço política eleitoreira à base da miséria que eu mesmo criei”, resumiu o deputado, em recado direto à deputada oposicionista Goreti Reis (DEM), que recentemente apresentou projeto de lei que trata de uma possível reintegração dos funcionários que aderiram ao PDV em 1994 e 1995.

"Ela trouxe para ela a responsabilidade, mas é importante dizer que a carta aberta dirigida ao povo, feita pelos demitidos do Banese, diz que eles foram vítimas de grupo político que não tinha responsabilidade com os servidores. E o interessante é que o grupo político em questão foi exatamente o grupo dela, da deputada Goreti Reis”, enfatizou Gualberto.

Em pronunciamento feito na quarta-feira, Gorei tentou utilizar a postura de Francisco Gualberto achando que poderia pressioná-lo a aderir à questão. Ela chegou a dizer que o petista havia sido demitido da Petromisa em 2002 através de um PDV. “Quero informar a ela que nada do que diz é verdade. Fui demitido da Petrobras em 1995 por justa causa, sem nunca ter participado de PDV. Fiquei oito anos sobrevivendo do Fundo de Greve dos petroleiros”, relembra o deputado.

"E essa greve era justamente para evitar que o grupo político dela (PFL/PSDB) quebrasse o monopólio estatal de petróleo”, justificou, lamentando não terem conseguido evitar a quebra do monopólio, ocorrida naquela época durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso na presidência do país.

O deputado Gualberto também lembrou que quem saiu do Banese no PDV recebeu indenização, além de gratificações por cada ano trabalhado na instituição. Além disso, ressaltou que na época, quando presidia a CUT/SE, ia sempre às portas das agências bancárias para pedir aos trabalhadores que não aderissem ao PDV. “Mas Goreti era do time que fez o programa e que pedia aos trabalhadores para aderirem. Portanto, que ela assuma as suas posições, porque as nossas são muito claras e bem definidas”, afirmou o líder.